«Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!»
Florbela Espanca, in Amar
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!»
Florbela Espanca, in Amar
Enya é corpo quente na desgarrada do amor. Quentes as voltas inteiras, os versos apunhalados e as rimas choradas a rir – voltas estranhas até ser inteiro o verso entranhado por rimas de amor. Enya. Corpo quente em aroma de rosas secas. Viaja nele, clandestinamente e sem disfarce. Sid inspira-a e exala de si ventos impulsivos, intensos. Poema rasgado no penúltimo verso. Punhal. Enya é corpo e a sua alma perfume. Sem rima nem pesar. Voltas estranhas, apenas. Desgarrada do amor, a roseira que lhe consome entranhas e tempestade em arte plagiada. Enya é riso e Sid pétala sem direitos de autor – versos inteiros em desafio condenado. Punhal: carnal, aromatizado e poético. Respiração.
7 comentários:
Oh que bonito texto querida : d *
Corpo quente
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Nada nos garante que, apesar de corpo quente coração não esteja frio!
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Felicidades
Manuel
Amor-suave. Amor-paixão. Amor-punhal. Amor-respiração.
É tudo, sim!
Que consuma sempre e muito!
O amor por si só é já um crime passional!
DE-PROPOSITO
De igual modo um coração quente que comporte um corpo frio - nada é garantido senão o momento. Felicidades! :)
Cat - CarMg - I
A bem da criminalidade... :P
Obrigado pela vossa generosidade.
Uma canção cá de dentro, como o som do mar e do vento. Uma canção de encher os pulmões, de soprar sem pressa, de entoar, de rasgar... Um punhal no ar, contra o vento. Uma rosa a ondular viva no mar.
Os teus textos estimulam os sentidos :-)
Sofia
Os rascunhos são mero exercício - a beleza do sentimento está na vossa natureza. Obrigado pela poesia. (En)cantei! :))
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