Ecos nossos

Abusas da prolixidade como a tempestade abusa do meu sorriso natural. O meu coração bombeia ronceiro no teu ombro suspenso. Certa como os salpicos da chuva, a sonolência das tuas palavras ao meu ouvido. Nelas adormeço há quatro dias sem derramar aroma que te reanime o espírito e te induza ao silêncio.

Hoje agarro o teu mundo feito de pedaços de nada e espero a tempestade. Quando bater à nossa porta, oferecer-lhos-ei. Prometido nos desenganos do meu peito, revirarei o amor do avesso e conceder-te-ei a última palavra. Aquela palavra que desarma o sentimento e nos convence que és quem quero e que ninguém mais queres.

Sem pistas nem palavras ocas, a bonança conquistada. No meu sorriso, lugar para rasgos de prolixidade tão tua e na naturalidade do mesmo, um sinal de ti. Quente e contundente como a tempestade que se faz convidada à nossa porta. Encerremos a mesma e discutamos o silêncio. Porque a vida é feita para sentir...

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De Mulher para outra, o miminho que me chegou via e-mail.
Porque a essência não tem data marcada, todo o meu apreço!